VirtualBox no ArchLinux
Arch Linux não é essa distribuição que é só chegar, rodar um comando e pronto… Pois bem, para aqueles que gostam de fazer seus testes, é interessante ter um ambiente de virtualização disponível. E uma ótima solução para isso é o VirtualBox.
Nesse artigo vou abordar os seguintes tópicos:
- Instalação
- Habilitando os módulos e rodando no boot
- Habilitando modos de rede Host Only e Bridged
- Adicionais para convidado
- Extension Pack
Instalação
A instalação é, de certa forma, simples. Primeiramente, terá de instalar o pacote VirtualBox:
# pacman -S virtualbox
Depois você precisará instalar os módulos. Mas antes, tem de saber qual o seu kernel e escolher o módulo relacionado à ele. Para saber a versão do kernel que você usa:
$ uname -r
Após rodar o comando acima, verifique qual é o kernel instalado por aí. Se for o ARCH:
# pacman -S virtualbox-host-modules-arch
Caso seja o kernel LTS:
# pacman -S linux-lts-headers virtualbox-host-dkms
E, por fim, para poder usar a interface gráfica mais comum, que é baseada no Qt, precisa instalá-lo:
# pacman -S qt
P.S.: eu não precisei, mas para evitar que aconteça algum problema contigo, melhor adicionar logo seu usuário ao grupo do VirtualBox (Ah! Não preciso avisar para substituir “gjuniioor” pelo seu usuário, né?!):
# gpasswd -a gjuniioor vboxusers
Com isso que fizemos até agora, já temos o essencial (referente à programas) para rodar o VirtualBox, mas ainda precisamos de uma coisinha… Siga.
Habilitando Módulo
Isso mesmo! Para rodar o VirtualBox precisa-se rodar um módulo em específico, que é o “vboxdrv”:
# modprobe vboxdrv
Possa ser que após fazer isso, a modificação não surta efeito. Então, você roda esse comando e certamente vai resolver:
# depmod -a
Habilitando Módulos para rodar no Boot
Sempre que você iniciar seu computador, vai precisar rodar o módulo para poder usar o VirtualBox. Seria bom demais se tivesse como habilitar o módulo já no boot da máquina, né?! Pois bem! É possível! Veja…
Basta criar um arquivo em /etc/modules-load.d/, pode ser com o nome “virtualbox.conf” mesmo:
# echo vboxdrv >> /etc/modules-load.d/virtualbox.conf
E pronto! Agora, sempre que iniciar a máquina, já terá o módulo rodando e com isso o VirtualBox vai rodar de boas.
Habilitando Modos de Rede Host Only e Bridged
Até aqui, o que temos já pode rodar as máquias no modo de rede NAT e rede interna, mas pode ser que você precise rodar em Host Only ou Bridged e, para isso, precisamos fazer uns procedimentos a mais. Siga…
O Arch Linux não vem com o programa “ifconfig”, mas sim com o “ip” (que é uma atualização). A questão é que o VirtualBox precisa dele para esses modos. O pacote que tem esse programa é o “net-tools”. Então, só instalar, né?! Quase isso…
# pacman -S net-tools
Depois disso, vamos precisar rodar dois módulos:
# modprobe vboxnetadp
# modprobe vboxnetflt
P.S.: vamos ver se está lendo só por ler ou querendo aprender… Faça os passos já ditos anteriormente, para caso o carregamento do módulo não tenha surtido efeito e também habilite para rodar já no boot.
Depois disso, já é possível usar modo Bridged ou Host Only em nossas máquinas. Show!
Adicionais para Convidados
Os adicionais para convidados permitem que o VirtualBox faça, por exemplo, compartilhamento de diretórios entre o Host e a VM, dentre outras coisas.
Para conseguir isso, precisamos instalar um complemento do VirtualBox:
# pacman -S virtualbox-guest-iso
Extension Pack
O Extension Pack é um pacote de extensões que permite que o VirtualBox faça boot por placas Intel, ou ainda tenha acesso ao USB, por exemplo.
Para instalar, temos duas possibilidades. Vejamos.
Com AUR:
Basta executar o comando abaixo:
$ yaourt -S virtualbox-ext-oracle
Pelo VirtualBox:
Você precisará entrar nesse link e importar o arquivo pelo menu: Arquivo → Preferências → Extensões.
Observações
Esse artigo foi feito e testado no Arch Linux x86_64 com kernel 4.0.1-1-ARCH.
Foram testados os seguintes modos de rede: Bridged, Rede Interna e NAT.
Não cheguei a testar as opções de Adicionais para Convidado nem o Extension Pack, mas pela leitura de alguns manuais e Wikis, vi que seria dessa forma.
Todos os demais comandos foram testados.
Artigo originalmente postado no Viva o Linux.
Boa sorte e até mais ver! :D
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